É de extrema importância apresentar imunização e controle de endo e ectoparasitas; higienização do ambiente; monitoramento de doenças; cuidados na aquisição de novos animais e durante a participação em eventos.
"Para garantir a saúde dos equinos, é fundamental que o médico veterinário responsável pela biossegurança e manejo sanitário posicione a espécie no centro da criação", explica a professora Maria Gazzinelli Neves do Curso Doenças de Equinos.
As doenças mais comuns em neonatos dos equinos são: patência de úraco, retenção de mecônio, isoeritrólise neonatal, síndrome do desajustamento neonatal e diarreia do cio do potro.
Patência do úraco:
Normalmente, o úraco é fechado no momento da ruptura do cordão umbilical, mas, em algumas situações, ele permanece ativo, fazendo com que o animal tenha gotejamento de urina pelo umbigo. O tratamento pode ser clínico com tinturas de iodo a 2%, no entanto, se persistir é necessário intervenção cirúrgica.
Retenção de mecônio:
Mecônio é o nome dado às primeiras fezes do equino compostas por secreções intestinais, secreções do fluido amniótico e debris celulares. A eliminação do mecônio se dá até 12 horas de vida e, quando fica retido por período maior, desencadeia uma condição denominada retenção de mecônio. Se o quadro de retenção for observado antes das 12 horas de vida, deve-se fornecer colostro para o animal. Após esse tempo, aplicar plasmaterapia para melhorar a imunidade do animal.
Isoeritrólise neonatal:
A isoeritrólise neonatal normalmente ocorre quando há incompatibilidade entre o sangue da mãe e do potro. Os sintomas podem ser: depressão, queda de reflexo de sucção, fraqueza e letargia, icterícia, frequência cardíaca e respiratória aumentadas.
Síndrome do desajustamento neonatal:
Associada a condições anormais no parto. Os sintomas são: latir como cão, cegueira, dormir em excesso, convulsões, hipotonia, etc. O tratamento consiste em quatro principais pontos: reduzir o edema cerebral, melhorar a oxigenação, prevenir a sepse e nutrição enteral. Como medidas auxiliares, deve-se prevenir traumas, hipotermias e exaustão, fornecer alimentação por sonda nasogástrica, avaliar e garantir que o colostro seja ingerido e ter muita paciência durante o tratamento.
Diarreia do cio do potro:
A diarreia do cio do potro normalmente ocorre de 9 a 14 dias de vida e é de caráter transitório. Ela é própria da adaptação da flora intestinal do recém-nascido. A prevenção de diarreias se faz com uma boa colostragem, sanidade e higiene adequados, separar os potros por faixas etárias nas baias, reduzir a densidade populacional.
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Por Anna Luiza Mariquito.