“Produzido por transesterificação, processo químico no qual a glicerina separa-se do óleo vegetal ou da gordura animal, o biodiesel surgiu como excelente substituto do diesel de petróleo, um dos maiores poluentes do meio ambiente”, afirmam Juarez de Souza e Silva e Luiz Ângelo Mirisola Filho, professores do Curso CPT Profissionalizante de Produtor de Biodiesel.
Segundo a legislação brasileira, biodiesel é um combustível alternativo renovável, de queima limpa, próprio para uso em motor de ignição a compressão, conhecido como motor a diesel. Além de ser atóxico e biodegradável, ele é isento de compostos sulfurados. No Brasil, ele pode ser utilizado puro ou misturado ao diesel de petróleo em porcentagens estabelecidas por lei.
O ASTM D6751 estabelece padrões para garantir a qualidade após a mistura do biodiesel com combustíveis destilados médios. Quando se alcança um bom padrão, é permitida a venda e a distribuição aos postos de combustíveis. O biodiesel norte-americano, por exemplo, tem total aprovação do Clean Air Act, lei ambiental para controle da poluição do ar.
Como padrão mundial, a mistura de biodiesel apresenta nomenclatura que determina o seu percentual. Dessa forma, temos B2, B5, B20, B30 e B100, que indicam respectivamente as concentrações de 2%, 5%, 20%, 30% e 100% de biodiesel. Assim, existem concentrações de biodiesel como aditivos (B2 e B5), misturas (B20 e B30) e puro (B100).
As porcentagens B5 e B20 são as mais utilizadas, pois não há necessidade de adaptação dos motores. Como apresenta semelhanças físico-químicas com o diesel fóssil, além de ser totalmente misturável, o biodiesel consegue fazer funcionar perfeitamente motores de ciclo diesel sem nenhum investimento extra.
Além de aumentar a vida útil do motor, praticamente não há riscos de explosão, o que torna mais seguros o seu transporte e o seu armazenamento quando comparados aos do diesel fóssil. Sem falar que ele pode ser utilizado em motores de veículos leves e pesados, além de máquinas e equipamentos, sem que sejam necessárias adaptações.
Por outro lado, o seu custo pode ser de 1,5 a 3 vezes maior que o diesel de petróleo, o que impacta negativamente na sua competitividade no mercado. Fora que a sua produção em larga escala requer a contratação de profissionais especializados em química orgânica, bioquímica e físico-química, conhecedores de normas técnicas e de segurança específicas.
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Fonte: Biodiesel Br
Por Andréa Oliveira