Dicas sobre alimentação de rãs

Nos últimos anos, tem aumentado a demanda por informações tecnológicas a respeito da alimentação de rãs, tamanha a sua importância

“Nos últimos anos, foram desenvolvidas novas tecnologias para a criação de rãs, surgindo um novo momento positivo para a ranicultura, inclusive com o aparecimento de novos criadores e reaquecimento do mercado. Isso fez com que aumentasse a demanda por informações tecnológicas a respeito da criação, inclusive, sobre a alimentação das rãs”, afirma Samuel Lopes Lima, professor do Curso CPT Criação de Rãs - Novas Tecnologias.

Importância dos alimentos vivos

Quando a metamorfose termina (girino se transforma em rã), a alimentação deixa de ser herbívora para se tornar carnívora. Afinal, as rãs gostam de comer alimentos vivos e não inertes. Se lhes forem oferecidos alimentos inertes, elas tendem a recusá-los, o que resulta em perda de peso e prejuízos ao ranicultor. Sendo assim, o mais recomendado é garantir às rãs uma dieta constituída de alimentos que se movem.

Esses alimentos vivos são mais acessíveis, além de proporcionarem a esses anfíbios uma engorda rápida e eficiente, o que significa lucro certo ao produtor de rãs. Basicamente, os alimentos vivos preferidos das rãs são insetos, larvas, girinos e peixes de menor tamanho.

Fornecimento de peixes e girinos

Rãs alimentadas apenas com girinos por determinado período têm dificuldade de aceitar a nova dieta constituída de peixes. Se for feito o contrário, ou seja, fornecer peixes por um tempo e, depois, girinos, elas aceitam essa nova dieta sem problemas. Isso nos prova que as rãs têm preferência por girinos. Nesse sentido, o melhor a fazer é lhes fornecer peixes primeiramente e, em seguida girinos, pois ambos maximizam o ganho de peso das rãs.

Em geral, esse manejo alimentar das rãs se estende ao longo de oito meses, momento em que esses anfíbios atingem o peso ideal de abate. Ao seguir esses cuidados, o ranicultor consegue melhores resultados em seu ranário.

Dieta dos girinos

Os girinos se alimentam de perifíton, ou seja, camada constituída de seres vivos (ou os detritos produzidos por eles), que habitam superfícies sólidas em ambientes aquáticos. Normalmente, esses alimentos são formados no próprio tanque de criação dos girinos. Entretanto, para suplementar a dieta, são fornecidos aos girinos larvas de mosquito ou minhocas moídas, além de vegetais.

Alimentos secos

Como mencionado anteriormente, as rãs rejeitam alimentos inertes. Sendo assim, a tendência é que elas também rejeitem alimentos secos. O principal motivo é porque esses anfíbios apresentam dificuldade de identificar alimentos inertes (que não se movimentam), pois têm o comportamento natural de caçar as suas presas.

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Fontes: Rural News & O que Comem

Por Andréa Oliveira